Semana de 4/3 a 10/3
ACESA, DE ALESSANDRA LEÃO, ESTREIA NO PALCO
Guilherme Werneck conversa com a compositora pernambucana sobre a série e o disco Acesa, que chega neste fim de semana ao Sesc Belenzinho.
AGENDA VIRTUAL
Entre 7 e 14 de março, a editora Boitempo realiza uma série de debates em torno do Dia Internacional da Mulher com a participação de pesquisadoras como Eunice Ostrensky e Maria Lygia Quartim de Moraes. Antes, nessa sexta, a filósofa Isabel Loureiro oferece uma palestra sobre a intelectual e revolucionária Rosa Luxemburgo.
A Pinacoteca de São Paulo disponibilizou cerca de 10 mil itens e obras de arte de seu acervo para consulta online em um sistema reformulado. Entre os filtros disponíveis para a pesquisa estão os relativos ao suporte: pintura, escultura, desenho, fotografia, vídeo, gravura, performance e instalação.
Ao longo de março, sete instituições culturais europeias com sede brasileira se unem ao Sesc para exibir novas produções de Alemanha, Bélgica, Brasil, Dinamarca, França, Itália, Reino Unido e Suíça. A programação da Mostra Futuros Presentes: Cinemas Europeus é gratuita.
Obras de Bach, Mozart, Beethoven e Wagner estarão no Concerto para a Juventude que a Filarmônica de Minas Gerais transmite nesse domingo sob a regência de José Soares.
O Itaú Cultural estreia nesse domingo o seu Palco Virtual Ancestralidades, iniciativa mensal que promete levar novas produções afro-brasileiras aos canais do instituto. O espetáculo Prot{AGÔ}nistas, idealizado e dirigido por Ricardo Rodrigues, abre a programação e fica disponível no YouTube até o dia 27.
Direto de seu Salão Nobre, a Escola de Artes Visuais do Parque Lage transmite na segunda uma aula aberta da artista Anna Bella Geiger sobre as relações entre corpo e cartografia na sua produção.
Na quinta, o historiador Luiz Antônio Simas conversa com Sérgio Burgi e Martim Passos, da área de fotografia do Instituto Moreira Salles, sobre o acervo da plataforma imagineRio, desenvolvida pelo IMS com a Universidade de Rice e apoiada pela Fundação Getty..
ATIVIDADES PRESENCIAIS
De hoje a domingo (4/3 a 6/3), Arnaldo Antunes e o pianista Vitor Araújo lançam no palco do SESC Pinheiros o álbum Lágrimas No Mar.
Além do show de domingo de Alessandra Leão, hoje e amanhã tem Tuyo no Sesc Belenzinho, e o Sesc Guarulhos recebe o pernambucano Lenine, de hoje a domingo.
Termina na segunda, 7/3, a exposição Rosângela Rennó: pequena ecologia da imagem, que celebra os 35 anos de carreira da artista. Na Pinacoteca de São Paulo.
Amanhã (5/3) abre na LONA galeria a mostra coletiva Non Ducor, Duco, com curadoria de Renato de Cara que olha para a cidade de São Paulo.
Também no sábado (5/3), a partir das 16h, acontece de graça o primeiro Baile Modernista na Praça das Artes, celebrando a cultura periférica com shows de Brisa Flow, Edgar, RDD e FCB.
Ainda no dia 5/3, o Goethe Institut de São Paulo e Memorial da Resistência estreiam [a], instalação com videoperformances e intervenções sonoras criadas a partir da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Em cartaz no Teatro Vivo o monólogo inspirado na prosa poética de Manoel de Barros, Meu Quintal É Maior do que o Mundo. Com Cássia Kis.
Na terça, 8/3, o Itaú Cultural abre a exposição Amazônia: o processo de criação de Sebastião Salgado, com registros fotográficos feitos por Lélia Wanick Salgado e Leão Serva, em diálogo com a exposição do fotógrafo no Sesc Pompéia.
Na quarta, 9/3, a banda feminina e feminista Crime Caqui se apresenta no palco do Studio SP, com entrada gratuita. O show de abertura fica por conta de grupo de rock psicodélico BIKE, a partir das 21h.
Também na quarta a Cia do Escombro estreia Ruído, peça da autora peruana Mariana de Althaus, no Centro Cultural São Paulo.
A OSESP abre sua temporada de 2022 na quinta, 10/3, homenageando a Semana de Arte Moderna de 22 com Vasto Mundo: Clássicos Modernistas. As peças de Villa-Lobos O Canto da nossa Terra, da Bachianas Brasileiras nº 2, e o poema sinfônico Uirapuru estão no programa.
A Valsa de Lili, texto de Aimar Labaki, inspirado no livro Pulmão de Aço, de Eliana Zagui ( que viveu em um hospital por 43 anos em função de uma poliomielite), é o espetáculo teatral com Débora Duboc, que estreia no dia 5 de março no Teatro Eva Herz.
Tunga: conjunções magnéticas, no Itaú Cultural, é uma retrospectiva com cerca de 300 obras do artista Tunga. A mostra estende-se no Instituto Tomie Ohtake. Gratuito de terça a domingo.
Nota dos editores: Lembre-se de agendar a visita ou comprar seu ingresso com antecedência, além de utilizar máscaras seguras, conservar distância das outras pessoas e levar álcool em gel. Não se esqueça, também, de verificar se os locais exigem comprovante de vacinação contra a Covid-19 na entrada.
LIVROS
Motivos e Razões para Matar e Morrer, Reginaldo Prandi (Companhia das Letras)
Uma série de mortes misteriosas e trágicas abala uma cidade pequena do interior do Brasil em fins dos anos 50. As investigações passam em revista uma comunidade entre as suas raízes e as novidades trazidas pela tecnologia.
A Rua, Ann Petry (Carambaia)
De 1946, o romance se tornou o primeiro de uma autora negra a vender mais de 1 milhão de exemplares. Na história, Lutie Johnson tenta sobreviver à pobreza, ao sexismo e ao racismo com o filho pequeno na 116th Street, no Harlem.
A Nuvem Negra, Fred Hoyle (Todavia)
Nesta ficção científica clássica, escrita por um astrofísico em 1957, uma gigantesca nuvem negra estaciona entre o Sol e a Terra, causando mudanças climáticas desastrosas. Até que os humanos tentam se comunicar com ela.
Da Beleza do Gesto Técnico na Pré-História, Sophie A. de Beaune (Zazie)
Primeiro título impresso da Pequena Biblioteca de Ensaios organizada pela editora, o livro apresenta um estudo inédito da arqueóloga francesa que conecta a discussão sobre a pré-história com a estética e a filosofia da arte.
DISCOS
Sim Sim Sim, Bala Desejo (Coala Records)
Na verdade Sim Sim Sim é um disco dividido em dois álbuns, o Lado A e o Lado B, brincadeira com vinil que tem tudo a ver com a estreia desse grupo fomado por Dora Morelenbaum, Julia Mestre, Lucas Nunes e Zé Ibarra que faz, digamos, música popular carioca, com participações que vão de Caetano Veloso a Ana Frango Elétrico.
Dawn FM, The Weeknd (Republic Records)
O astro de R&B canadense, alçado à realeza do pop na última década, faz um disco conceitual sobre a vida e a morte, recheado de grooves. Ou como o próprio Abel Tesafaye colocou: “É como ouvir uma rádio adulta num engarrafamento num túnel, só que o túnel é o purgatório e a luz no fim dele é a morte".
Espelho do Som, Toninho Ferragutti e Nailor Proveta (Borandá)
Aqui temos três camadas do maravilhoso. São dois dos maiores instrumentistas brasileiros, Ferragutti no acordeon e Proveta no clarinete, trocando grandes composições, cada um contribui com metade dos temas do álbum, e arranjando todas as músicas conjuntamente. Não tem como dar errado.
Limbs, Keeley Forsyth (The Leaf Label)
Segundo álbum da atriz e compositora inglesa aprofunda o sentimento de vazio com suas composições minimalistas e letras também esparsas de onde se intui uma fina ironia. Co-produzido por Ross Downe, que traz para as composições camadas de drones, o novo álbum é ainda mais atmosférico que o de estreia, Debris.
FILMES
Pequena Mamãe, Céline Sciamma (Cinemas)
No novo filme da diretora de Retrato de uma Jovem em Chamas, a pequena Nelly viaja com os pais enquanto elabora o luto pela morte da avó. Ao caminhar pelo bosque, conhece Marion, menina com quem forma uma nova amizade.
Amor, Sublime Amor, Steven Spielberg (Disney+)
Agora disponível em streaming, o musical indicado a sete Oscars sublinha o teor político do clássico de Leonard Bernstein, sobretudo na fração latina da história, onde Ariana DeBose realiza uma performance memorável como Anita.
SÉRIES
Diários de Andy Warhol, Ryan Murphy (Netflix)
Minissérie documental de seis episódios, que parte do diário que o artista começou a escrever em 1968, quando sofreu um atentado. Curiosidades sobre a vida íntima de Andy Warhol e as motivações desse ícone do movimento de pop art. Estreia dia 9 de março.
Artérias, Helena Bagnoli e Henk Nieman (SESC TV)
A série é composta por 26 minidocumentários de 13 minutos cada um, sobre artistas visuais negros, trans e indígenas. Um mergulho no universo da arte contemporânea brasileira com artistas de várias gerações, de diferentes regiões do Brasil e que trabalham com suportes e motivações diversas.