Semana de 18 a 24 de março
AGENDA VIRTUAL
Na terça, às 21h, o SescTV estreia 22 em XXI, documentário de Hélio Goldsztejn que discute o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922. O filme conta com depoimentos de José Miguel Wisnik, Caetano Veloso, Zé Celso Martinez Corrêa e Hélio Menezes, entre outros.
Hoje e amanhã, o Instituto Moreira Salles promove uma série de "conversas para abrir cabeças" durante o Festival Serrote, que neste ano abre com um papo entre a escritora norte-americana Saidiya Hartman e a tradutora Stephanie Borges. As presenças de Noemi Jaffe, Carla Rodrigues e Fabiana Moraes também estão confirmadas.
Sob a direção de seu regente-titular, Thierry Fischer, a Osesp convida hoje o jovem pianista israelense Tom Borrow para interpretar o Concerto nº 4 de Beethoven, além de obras de Haydn e Bartók.
Hoje, às 19h, começa o Festival Violoncelo em Foco, com Gustavo Tavares (violoncelo) e Maria Teresa Madeira (piano). No programa, obras de Fauré, Schumann, Egberto Gismonti, Paquito D’Rivera, Gustavo Tavares, Mario Tavares e Nelson Faria. O concerto terá transmissão pelo YouTube.
Filmes de Hirokazu Koreeda, Kiyoshi Kurosawa e Ryusuke Hamaguchi estão disponíveis de forma gratuita em uma pequena mostra de cinema japonês contemporâneo do Sesc Digital. Entre os destaques está o drama Pais e Filhos, vencedor da Palma de Ouro em 2018.
Lenda da música instrumental brasileira, Hermeto Pascoal tem disponibilizado em sua página no Bandcamp diversos clássicos que ainda não tinham chegado ao streaming, como seu disco solo de estreia lançado em 1970 e a edição remasterizada de Só Não Toca Quem Não Quer (1987). A plataforma celebrou a chegada das raridades, que incluem um show inédito no Planetário da Gávea em 1981, com um perfil do Bruxo.
Tradutora de Herta Müller e Cornelia Funke, além de autora de livros como O Mundo Desdobrável, Carola Saavedra participa na quinta de conversa online promovida pelo Instituto Goethe.
No mesmo dia, estreia a segunda temporada do podcast Mano a Mano, apresentado por Mano Brown. No programa, o rapper dos Racionais MC's recebe artistas e intelectuais para conversas descontraídas sobre cultura e política.
Em seu site, a Casa Triângulo apresenta uma individual do artista Valdirlei Dias Nunes com duas séries marcadas pela geometria e pela abstração.
ATIVIDADES PRESENCIAIS
A Praça das Artes recebe o primeiro fim de semana do Música Estranha Festival. No sábado (19/3), a partir das 18h, são três performances que nascem do encontro de músicos com artistas visuais: Dudu Tsuda com Marcus Bastos, Kiko Dinucci com Fernando Velázquez e M Takara e Carla Boregas com Dimitri Lima. No domingo (20/3), a partir das 16h, rolam shows de Mbé, God Pussy, Radio Diaspora, Barra e Badsista. Toda a programação é gratuita.
Hoje (18/3) tem show de Tom Zé no Studio SP. Na quinta, 24/3, a casa recebe Juliana Linhares com participação de Zeca Baleiro.
E na Casa de Francisca tem show do quarteto de Sérgio Reze hoje, às 22h, e dos viajantes da Barca, com o espetáculo Tempo de Reza, na quarta e na quinta (23 e 24/3), às 21h30.
A atriz e diretora Denise Stoklos interpreta, em espetáculo solo, textos de Clarice Lispector entremeando coreografias de canções consagradas por Elis Regina. No Sesc 24 de Maio, que no dia 23/3 terá show da Blues Etílicos apresentando seu novo trabalho.
Já no Teatro do Sesc Anchieta, estreia dia 19/03, o espetáculo Chega de Saudade!, com biografias reais e ficcionais e memórias do movimento musical.
No domingo (20/3), o Sesc Pompeia recebe Kaê Guajajara, que celebra a manifestação da Música Popular Originária e apresenta o álbum Kwarahy Tazyr, eleito um dos melhores discos de 2021.
No mesmo dia, Blubell lança Música Solar para Temos Sombrios no Sesc Belenzinho.
No sábado (19/3), às 21h, rola o encerramento da turnê de 10 anos da banda Maglore no Teatro Sérgio Cardoso.
Ao longo do fim de semana, o Theatro São Pedro apresenta um programa duplo de óperas cômicas de Giovanni Battista Pergolesi: La Serva Padrona e Livietta e Tracollo, ambas com regência de Luis Otávio Santos e encenação de Mauro Wrona.
Até dia 27/3, veja gratuitamente no Teatro Arthur de Azevedo o espetáculo A Pane, de Friedrich Dürrenmatt, uma comédia sobre a justiça.
Remoção, projeções de Monica Ventura, que refletem sobre o apagamento de artistas negros na Semana de Arte Moderna de 1922 está no Espaço C.A.M.A, dia 19/3, das 18h às 21h.
Estreia sábado, 19/3, no Tucarena, sob direção de Nelson Baskerville, o espetáculo Anjo de Pedra, uma adaptação do clássico de Tennessee Williams.
A Fundação Vera Chaves Barcellos, em Porto Alegre, inaugura no dia 19 uma exposição com mais de 30 artistas brasileiros sobre a arte da década de 1980. Entre eles Anna Bella Geiger, Rubem Valentim e Antonio Dias.
O português Noiserv se apresenta no Centro da Terra no dia 22/3 com a participação especial de Bárbara Eugênia.
Vários 22 é uma mostra que reúne galerias diversas e oitenta trabalhos de artistas como Flávio Cerqueira, Ayrson Heráclito, Gê Viana, Larissa de Souza, Jaime Lauriano, Igi Ayedun, O Bastardo, entre outros, com curadoria de Lilia Schwarcz. A partir do dia 19/3, na Galeria Arte 132.
Já a galeria Pilar recebe a exposição Chamavento, primeira individual de Beth Slamek, a partir do sábado (19/3).
A partir de depoimentos de imigrantes iranianos, o Grupo Sobrevento criou o espetáculo Pérsia, em cartaz na sua sede.
Baseada na interação entre curadores e artistas, estreou no MAC-USP a mostra Lugar-Comum, com obras pertencentes ao acervo do museu.
Para quem é do mundo experimental, hoje (18/3), às 19h, na laje do Leviatã, tem a mistura de sons e colagens visuais da dupla Manuela Eichner e Guizado.
LIVROS
Por Que Escrever?, Philip Roth (Companhia das Letras)
Reunião de 37 textos sobre literatura publicados originalmente entre 1960 e 2013. Além de ensaios, o volume traz entrevistas e conversas entre o americano e autores como Primo Levi, Isaac B. Singer e Milan Kundera.
Vozes Femininas – Não Eu, Passos, Cadência, Samuel Beckett (Cobogó)
Três peças da fase tardia do dramaturgo irlandês, todas elas com elementos cênicos minimalistas e com protagonistas mulheres: Boca no monólogo Não Eu, May em Passos e M. e V. Em Cadência. Tradução de Fábio Ferreira.
Lacan e a Democracia, Christian Dunker (Boitempo)
Análise sobre as afinidades entre a psicanálise e a política usando como referência os eventos recentes do Brasil, um confronto entre a tradição da razão e da ciência de Lacan e o obscurantismo que prefere o silenciamento.
Fotógrafas Brasileiras, Imagem Substantiva, Yara Schreiber (Grifo)
A reunião da ampla produção de mais de sessenta mulheres fotógrafas com atuação nos séculos 20 e 21 no Brasil. Múltiplos olhares e diferentes interesses dentro da linguagem fotográfica, que traz um recorte com foco em memória, gênero e antropologia visual.
DISCOS
Claudio Santoro: Symphonies Nos. 5 & 7 "Brasília", Neil Thomson e Orquestra Filarmônica de Goiás (Naxos)
Compostas entre 1955 e 1960, no período nacionalista do compositor amazonense, as duas obras demonstram o domínio de Santoro sobre a forma sinfônica, como no percussivo segundo movimento da 5ª ou na magistral abertura da 7ª, que marca a fundação de Brasília.
Poder Supremo, Bruno Morais (Sony Music)
O cantor e compositor mergulha no universo dos sonhos neste novo álbum, que é uma espécie de coleção de sessões de transe coletivo, psicodélico, a partir do encontro com artistas de diversas partes, desde as turmas do Bixiga 70, do Metá Metá e do BaianaSystem até Romulo Fróes e a atriz Julia Lemmertz.
Time Skiffs, Animal Collective (Domino Recordings)
Depois de anos sem gravar juntos e de seis anos sem disco novo, o quarteto volta a se reunir para um álbum em que todos estão presentes de corpo e alma. Isso significa que de certa forma se preserva a veia de pop psicodélico de um sucesso como Merryweather Post Pavilion, mas de forma mais madura.
Glitch Princess, yeule (Bayonet Records)
Um disco poderoso que combina ambient music e pop torto. Como o próprio título do álbum deixa intuir, o uso de falhas como elemento estético (glitch) é central neste segundo lançamento da produtora e cantora de Singapura baseada em Londres. A mesma energia caótica das canções é espelhada nas letras.
FILMES
Ménage, Luan Cardoso (Cinemas)
Três políticos corruptos numa trama de sexo, drogas e traição. Cardoso estreia como diretor de ficção com um filme de baixo orçamento mas muito bem estruturado. Um estudo sobre masculinidade tóxica com atmosfera de pesadelo.
Drive My Car, Ryusuke Hamaguchi (Cinemas)
Premiado em Cannes e indicado ao Oscar, o filme japonês baseado no conto de Haruki Murakami acompanha, de forma desapressada, o luto de um ator que encena a peça Tio Vânia, de Tchekhov. Em 1º de abril, o longa estreia na Mubi.
SÉRIES
The Gilded Age, Julian Fellowes (HBO Max)
Ambientada na virada do século 19 para o 20, a trama acompanha os jogos de poder que movimentavam a alta sociedade nova-iorquina, na luta silenciosa entre os novos ricos e as famílias tradicionais, que primeiro enriqueceram nos Estados Unidos com a agricultura.
Ninguém Pode Saber, Minkie Spiro (Netflix)
Um suspense baseado no livro homônimo, um sucesso da escritora Karin Slaughter, que acompanha, em oito episódios, a vida da personagem Andy (Bella Heathcote), uma jovem que descobre que a mãe esconde um segredo perigoso que a coloca em risco.