AGENDA VIRTUAL
Antonio Meneses, um dos mais celebrados solistas brasileiros da música clássica, interpreta hoje o Concerto nº 2 para Violoncelo, de Villa-Lobos, ao lado da Osesp e do maestro Isaac Karabtchevsky. Na segunda parte do programa, a orquestra toca a Sinfonia nº 4, de Tchaikovsky.
Organizado por editoras independentes, o Salão do Livro Político chega hoje à sua 6ª edição em formato virtual e apresenta, além da feira de publicações, mesas de debate com intelectuais como Slavoj Žižek, Leonardo Padura e Marilena Chauí.
De hoje a domingo, a 2ª Mostra Pankararu de Música é transmitida da Aldeia Indígena Bem Querer, em Pernambuco, com participações de Ailton Krenak, Mateus Aleluia, Brisa Flow e Djuena Tikuna, entre outros.
A cantora Papisa apresenta hoje canções inéditas do disco Fenda em show para o Itaú Cultural, que amanhã recebe a Besta Fera do mestre Jards Macalé. Ainda no sábado, o pianista Amaro Freitas improvisa com seu trio no Santos Jazz Festival, enquanto a Orquestra Ouro Preto transforma o Nevermind, do Nirvana, em uma “ópera-grunge”.
A jornalista Bianca Santana fala sobre a sua biografada, a intelectual e ativista Sueli Carneiro, em live do Itaú Cultural nesse sábado.
No dia seguinte, o coletivo Danças em Transições estreia a filmagem da coreografia E MAR ANHA DO, descrita como um “ritual encarnado por 11 performers brasileires trans, não-bináries e bixas”.
A editora Ubu completa 5 anos em 2021 e, para marcar a data, convida autores e colaboradores da casa para rodas de conversa, incluindo os filósofos Franco Berardi, Vladimir Safatle e Djamila Ribeiro.
Lia de Itamaracá e José Miguel Wisnik são alguns dos nomes confirmados no festival que comemora, a partir de segunda, os 40 anos do projeto Unimúsica, criado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
No mesmo dia, o ciclo 1922: Modernismos em Debate reúne pesquisadores como Eduardo Morettin e Denilson Lopes em mesas sobre fotografia e cinema.
Atrizes e dramaturgas, Grace Passô e Indira Nascimento são as convidadas do próximo Terças Crespas, que discute a escrita autoral de mulheres negras no CCSP.
Na quinta, começa o SLAM BR, competição de poesia falada entre os vencedores estaduais e que garante vaga na Copa América, programada para novembro.
No mesmo dia, o Sesc São Paulo lança o documentário Territórios de Resistência – Florestanias, Sertanias, Ribeirias, que registra as ações de sentido decolonial realizadas pelo Sesc Ipiranga com o Museu Paulista.
O grupo de teatro Estopô Balaio, formado na zona leste de São Paulo, comemora 10 anos com uma curta temporada online do espetáculo Reset Nordeste.
Recém-lançada, a Agenda Tarsila pretende reunir em um só site os principais eventos relacionados aos 100 anos da Semana de Arte Moderna. 180 já foram registrados.
EXPOSIÇÕES PRESENCIAIS
O IMS Paulista inaugura amanhã a exposição Carolina Maria de Jesus: Um Brasil para os Brasileiros, que conta a trajetória e o legado da escritora em cerca de 300 itens, entre fotografias e documentos, além de obras comissionadas. A curadoria é assinada por Hélio Menezes e Raquel Barreto.
Outras mostras que abrem nesse sábado em São Paulo incluem individuais de Bruno Passos, na Galeria Kogan Amaro, e de Andrey Guaianá Zignnatto, no Museu da Cidade, além da coletiva Expandindo Limites, com obras de Alex Flemming e Elisa Bueno, entre outros, na Casa do Jasmin Arte. Na terça, Rubens Ianelli exibe pinturas e desenhos inéditos na Galeria Contempo.
No Rio, cerca de 600 obras ocupam o MAR a partir de sábado na coletiva Crônicas Cariocas, cuja equipe curatorial inclui o historiador Luiz Antonio Simas e a escritora Conceição Evaristo. Mais de 100 artistas de diferentes gerações estão contemplados, como Rosana Paulino, Arthur Bispo do Rosário, Sonia Gomes e Mestre Didi.
Nota dos editores: Lembre-se de agendar a visita ou comprar seu ingresso com antecedência, além de utilizar máscaras seguras, conservar distância das outras pessoas e levar álcool em gel. Não se esqueça, também, de verificar se os locais exigem comprovante de vacinação contra a Covid-19 na entrada.
ATELIÊ DO ARTISTA
Aos 83 anos, a pintora e escultora Helena Carvalhosa segue em plena atividade e, entre agosto e setembro, exibiu a maior exposição da carreira na Galeria Marcelo Guarnieri, em São Paulo. Durante nossa visita a seu ateliê, a artista diz que hoje se dedica a refinar o trabalho com as cores na sua pintura, descrita pelo crítico Rodrigo Naves como atravessada por um embate sutil entre passado e presente.
LIVROS
Meninas, Liudmila Ulítskaia (Editora 34)
Primeira obra da escritora russa publicada no Brasil, o volume traz seis contos interligados, todos protagonizados por meninas entre 9 e 11 anos na década de 1950, período próximo à morte de Stalin. Traduzidos direto do russo por Irineu Franco Perpetuo.
O Livro do Xadrez, Stefan Zweig (Fósforo)
Escrita no Brasil, a última obra do austríaco se passa a bordo de um navio, onde o campeão mundial de xadrez Mirko Czentovic, tido como invencível, é surpreendido por um homem torturado pelos nazistas. A nova tradução é de Silvia Bittencourt.
Quatro Peças, Anton Tchékhov (Penguin-Companhia)
Reunião da última dramaturgia do escritor russo – A Gaivota, Tio Vânia, Três Irmãs e O Jardim das Cerejeiras – em tradução de Rubens Figueiredo. Escritas entre 1896 e 1904, as peças retratam a imobilidade da aristocracia do país às portas da revolução.
Black Power: A Política de Libertação nos Estados Unidos, Kwame Ture e Charles V. Hamilton (Jandaíra)
De 1967, o livro é pioneiro no conceito de racismo institucional, elaborado na parceria entre um dos fundadores dos Panteras Negras e um cientista social militante pelos direitos civis.
DISCOS
Meneleu Campos, Quarteto Carlos Gomes (Selo Sesc)
Em novo capítulo de sua pesquisa sobre a música de câmara brasileira, o grupo apresenta a primeira gravação dos quartetos de cordas de Octávio Meneleu Campos (1872-1927), compositor paraense de formação italiana pouco conhecido, mas cujo romantismo tardio merece ser descoberto.
Black Encyclopedia of the Air, Moor Mother (Independente)
Um dos discos mais densos do ano apesar de ser repleto de ar. São contradições colocadas em prática, como beats frenéticos mas espaçados, colaborações em quase todas as faixas mas sem que se perca a individualidade, tudo amarrado por uma retórica realista e utópica.
Quantas Vezes a Gente Nasce?, Maria Ó (YB Music)
Produzido por Ivan Gomes, o segundo disco solo da cantora e compositora traz oito canções que revelam seu universo particular, mas que a partir do íntimo, do afetivo, desafiam o mundo binário, colocando diferentes gêneros e rótulos na berlinda.
Baião Granfino, Jorge Du Peixe (Babel)
Com produção de Fábio Pinczowski, o cantor da Nação Zumbi relê a obra de Luiz Gonzaga. Começando com o cantar muito mais contido, Du Peixe toma uma série de liberdades estilísticas mas deixa intacta a essência calorosa, mesmo na tristeza, do rei do baião.
FILMES
Aranha, Andrés Wood (Cinemas)
O diretor de Machuca e Violeta Foi para o Céu volta a focar o Chile dos anos 60 e 70, dessa vez a atuação do grupo terrorista de extrema-direita Patria y Libertad, que apoiou o golpe contra Allende. Caio Blat e Mercedes Morán estão no elenco.
As Faculdades, Eloísa Solaas (Mubi)
Filmado no estilo “mosca na parede”, o documentário apresenta um mosaico da universidade pública argentina ao observar estudantes de diferentes áreas, da botânica à filosofia, enquanto se preparam para suas provas orais.
SÉRIES
Fundação, David S. Goyer (Apple TV+)
Inspirada na série de livros de Isaac Asimov, a série de ficção científica acompanha a saga de um grupo de exilados que tenta salvar a humanidade durante o ocaso do Império Galáctico. Dois episódios já estão no ar; os próximos seguem semanalmente.
Pose, Ryan Murphy, Brad Falchuk e Steven Canals (Star+)
Depois de retratar a cena drag queen e a comunidade LGBT negra e latina da Nova York dos anos 80 e início dos 90, a série chega, em sua terceira e última temporada, a 1994, quando Blanca (MJ Rodriguez) tenta equilibrar a vida pessoal e profissional.