Semana de 20 a 26 de maio
ATIVIDADES PRESENCIAIS
Bispo do Rosario – Eu vim: aparição, impregnação e impacto é a exposição com 404 obras, que acabou de ser inaugurada sobre Arthur Bispo do Rosario, o artista sergipano que de dentro de um manicômio mudou a arte nacional. No Itaú Cultural.
A primeira individual da artista Lia De Castro ou D.C., Axs nossxs filhxs traz pinturas e objetos tendo como protagonista o corpo negro. Esta é a primeira mostra de artes visuais do Instituto Çarê.
Por muito tempo acreditei ter sonhado que era livre é a exposição dedicada a 24 artistas contemporâneas brasileiras emergentes e consagradas, que faz parte do Programa Arte Atual, do Instituto Tomie Ohtake. Curadoria de Priscyla Gomes. Até o dia 17 de julho.
Abre amanhã (21 de maio) na Galeria Leme a exposição Entre a estrela e a serpente, com trabalhos de mais de vinte artistas brasileiros de diferentes gerações que se relacionam com o gênero natureza-morta.
Abre na terça a mostra Kumihimo, sobre a arte do trançado japonês em seda na Japan House São Paulo.
Hoje Negro Leo apresenta pela primeira vez seu último álbum Desejo de Lacrar no Sesc Belenzinho, e amanhã é a vez de Janine Mathias fazer show por lá. Já Paulo Miklos leva ao Sesc 24 de Maio no fim de semana suas canções em voz e violão. Na quarta é a vez de Bemti apresentar seu disco Logo Ali por lá. Também no sábado e no domingo, Paulo Santos lança o álbum Chama no Sesc Avenida Paulista.
O fim de semana é de mulheres na Casa Natura Musical. Hoje tem Zélia Duncan, amanhã Vanessa da Mata e Tasha e Tracie no domingo. Cida Moreira comemora seus 70 anos na Casa de Francisca, na quinta.
Criolo lança Sobre Viver no sábado no Espaço Unimed. No mesmo dia, Saskia e Mbé + Lucas Pires estão na noite do selo QTV no Porta. E domingo tem BK no Cine Joia.
O espetáculo Papa Highirte, um texto de Oduvaldo Vianna Filho com montagem do Grupo Tapa, estreia hoje, às 20h, no Galpão do TAPA.
A Cia. Razões Inversas celebra 30 anos de trajetória com o espetáculo O Fazedor de Teatro. Encenação de Marcio Aurelio. No SESC Pompéia até 16 de junho.
Com dramaturgia, letras e direção de Zé Henrique de Paula e inspirada nos cabarés alemães, estreia no dia 23 de maio, o musical Cabaret dos Bichos, adaptação do romance de George Orwell. No Teatro do Núcleo Experimental.
No fim de semana, a Brava Companhia apresenta Terra de Matadouros, espetáculo inspirado no texto Santa Joana dos Matadouros, do dramaturgo alemão Bertolt Brecht. No Centro Cultural São Paulo.
A Semana ABC evento aberto ao público, promovido pela Associação Brasileira de Cinematografia, acontecerá entre os dias 25 e 28 de maio. Na programação mesas de debates voltadas à direção de fotografia, educação, som, pós-produção, direção de arte e montagem.
AGENDA VIRTUAL
Acompanhada por um trio de violão e sopros, Mônica Salmaso canta hoje uma seleção de sambas de Wilson Batista em show transmitido pelo Itaú Cultural.
A etapa carioca do Festival MITA será transmitida amanhã e no domingo pelo Multishow, tanto na televisão como no YouTube. A programação mescla atrações internacionais, como as bandas Gorillaz e Two Door Cinema Club, e nomes brasileiros de diferentes gerações, de Gilberto Gil a Liniker.
Ainda no sábado, a Sinfônica Heliópolis transmite, direto do Clube Hebraica, um concerto com obras de Villa-Lobos e Ravel, entre outros, sob a regência de Isaac Karabtchevsky.
O músico, ex-ministro da Cultura e agora imortal da Academia Brasileira de Letras, Gilberto Gil, é o convidado do Roda Viva da TV Cultura na próxima segunda. Na pauta estão as comemorações de seus 80 anos em junho, como o lançamento de um disco novo e de um acervo digital realizado com o Google.
Entre os destaques da semana no streaming gratuito do Cinesesc está a exibição do clássico dinamarquês A Palavra, pelo qual Carl Theodor Dreyer ganhou o Leão de Ouro no Festival de Veneza de 1955.
O Itaú Cultura Play, por sua vez, estreia hoje em seu catálogo a mostra Bom Dia, Professor, com 10 títulos exibidos no Clube do Professor que discutem a realidade brasileira, como Café com Canela, de Ary Rosa e Glenda Nicácio, e Ferrugem, de Aly Muritiba.
Na quinta, o escritor Michel Laub participa do projeto Passaporte Literatura: Em Casa do Instituto Goethe, onde deve comentar livros como Solução de Dois Estados e sua recente passagem pela Alemanha.
No mesmo dia, o romance O Portal, lançado por Natsume Soseki em 1910, será discutido no clube de leitura virtual organizado pela Japan House São Paulo com a revista Quatro Cinco Um.
LIVROS
O Plantador de Abóboras, Luís Cardoso (Todavia)
Vencedor do Prêmio Oceanos de 2021, o romance do escritor enfeixa as memórias de uma mulher que, esperando o retorno do noivo durante a ocupação indonésia no Timor-Leste, relata a história do país.
As Convidadas, Silvina Ocampo (Companhia das Letras)
De 1961, o livro é apenas o segundo da escritora argentina no Brasil. São 44 contos curtos na linhagem fantástica que, por aqui, sempre acabou associada Borges e Bioy Casares, que era do mesmo grupo literário.
O Diário de um Louco, Lu Xun (Carambaia)
Contos completos de um dos maiores escritores chineses do século 20. Assinada por vários tradutores, e com várias notas, a edição reúne três coletâneas: O Grito, Hesitação e Histórias Antigas Recontadas.
O Túnel, A. B. Yehoshua (DBA Literatura)
Já na casa do 70 anos de idade e com diagnóstico de demência em estágio inicial, o engenheiro Zvi Luria participa da construção de uma estrada no deserto de Israel, onde conhece a realidade de uma família palestina.
DISCOS
O Que Meus Calos Dizem Sobre Mim, Alaíde Costa (Samba Rock Discos)
Aos 86 anos, a voz de Alaíde Costa ainda arrepia de tão linda, e ao pensar um repertório novo para ela, Emicida e Marcus Preto nos dão de presente um disco excepcional, atento aos detalhes e com arranjos que dialogam com toda a carreia da artista. Mérito sobretudo para a elegante direção musical de Pupillo.
Mr. Morale & the Big Steppers, Kendrick Lamar (Aftermath/Interscope Records)
É possível argumentar que, em termos de letras, Kendrick Lamar é o rapper mais afiado de sua geração. Mas este ambicioso álbum duplo vai muito além da proeza retórica, e usa todo um arsenal sônico para dar contornos míticos à sua trajetória, sempre num cabo de guerra entre o ultra pessoal e o contexto social à sua volta.
É Tudo Verdade, Didier Guigue (HominisCanidaeREC)
Um dos projetos que comemoram os 40 anos de Brasil do compositor radicado em João Pessoa, o álbum mantém o tom político de seus últimos trabalhos. Novas composições e novas versões de músicas conhecidas estabelecem um diálogo da música erudita e experimental com a música eletrônica de pista.
El Mirador, Calexico (Anti)
O duo de Tucson, Arizona, chega a seu décimo disco perseguindo a trilha sonora do deserto, com sua mistura de americana com elementos da música popular mexicana. Sempre com uma veia poética, e um uso quase textural dos abundantes elementos latinos, o disco traz participações Gabi Moreno e Jairo Zavala nos vocais.
FILMES
O Pai da Rita, Joel Zito Araújo (Cinemas)
Conhecido pelos documentários A Negação do Brasil e Meu Amigo Fela, o diretor se inspira em canções de Chico Buarque para narrar a disputa de paternidade travada entre dois compositores da velha guarda da Vai-Vai. A comédia dramática foi exibida na Mostra de São Paulo e no Festival do Rio.
Pureza, Renato Barbieri (Cinemas)
Com atuação magistral de Dira Paes, Pureza conta a odisseia de uma mãe no norte do país que parte atrás de seu filho, desaparecido após sair de casa em busca de emprego. O filme baseado em fatos reais descortina a realidade das pessoas que vivem em situação análoga à escravidão.
SÉRIES
Monumentos, Paulo Pastorello (SescTV)
A série com 12 episódios estreia na próxima terça e propõe uma reflexão sobre a preservação e as transformações do patrimônio cultural hoje. A partir de vestígios do passado, os episódios refletem sobre as maneiras de transmitir e de circular conhecimentos, tradições e memórias.
Sissi, Sven Bohse (Globoplay)
A luxuosa minissérie em seis episódios, conta a vida da duquesa alemã Elisabeth da Baviera, conhecida pelo apelido de Sissi, que tornou-se imperatriz ao se casar com o imperador da Àustria-Hungria, Francisco José. Sissi modernizou a corte de Viena e tornou-se um ícone da Europa no fim do século 19.