Semana de 29 de abril a 5 de maio
ATIVIDADES PRESENCIAIS
Évolon, espetáculo de dança vertical da A Cia Base, será apresentado hoje (29/4) no Vale do Anhangabaú - Fachada do Centro Cultural dos Correios. Às 12h e 17h.
Em sua nova temporada lírica, o Theatro São Pedro apresenta a ópera Os Capuletos e os Montéquios, o drama dos amantes que não conseguem viver seu amor. A direção musical é de Alessandro Sangiorgi e a direção cênica de Antonio Araujo. Dias 29 de abril e 1º de maio.
A partir de Macbeth, de William Shakespeare, a dramaturga Marcia Zanelatto revisita a relação de um dos casais mais controversos do teatro mundial em Lady Macbeth, que estreia sábado (30/4) no Sesc Consolação. Com Yara de Novaes.
Waltercio Caldas abre no dia 2 de maio a individual O estado das coisas, em que o artista traz para a cena variadas proporções do real e objetos que parecem se transformar no exato momento de sua percepção. Galeria Raquel Arnaud.
Estreia no dia 2 de maio, no Teatro Sérgio Cardoso, o espetáculo A Caça, da autora inglesa Dawn King, dirigida por Wallyson Mota. Fica em cartaz até 14 de junho, com apresentações às segundas e terças, às 19h.
No sábado (30 de abril), o IMS inaugura uma retrospectiva do fotógrafo Walter Firmo, com mais de 260 obras do artista, consagrado pelo registro e pela celebração do povo e da cultura negra do país.
A ópera Café composta por Felipe Senna e adaptada por Sérgio de Carvalho, com libreto de Mário de Andrade, se situa no contexto histórico da crise de 1929 que paralisou os portos. Estreia no dia 3 de maio no Theatro Municipal de São Paulo. Segue até o dia 8 de maio.
O espetáculo Em Busca de Judith investiga as vozes femininas silenciadas pela estrutura manicomial. Sala Itaú Cultural, de 5 a 15 de maio (sempre de quinta-feira a domingo).
O Museu São Pedro, antes FAMA Museu, abre no dia 1o de maio três exposições. São elas: Um Presente para Ciccillo, reunindo diversas gerações de artistas, José Antônio da Silva : Um Caipira Moderno, mostra dos trabalhos de Silva, um artista versátil que vai de plantações, casinhas de madeira ou barro à assemblages e ainda, a coletiva Aurora Imprevisível.
Pós- F, espetáculo Inspirado na primeira obra de não-ficção de Fernanda Young (Pós-F, Para Além do Masculino e do Feminino) estreia no dia 29 de abril. Dirigido por Mika Lins, com Maria Ribeiro no elenco. No Teatro Porto
Foi inaugurada ontem a exposição Bando, uma seleção de obras da artista Carmela Gross na Capelinha e no hall de entrada do Palacete da EAV Parque Lage. O vídeo Luz del Fuego II, realizado pela artista em 2018, é exibido no hall de entrada do Palacete. No mesmo dia abriu também a individual Vírus, que ocupa as Cavalariças do Parque com imagens produzidas pelo francês Antoine d’Agata, um dos maiores nomes da fotografia internacional. Na Escola de Artes do Parque Lage, Rio de Janeiro.
Até 20 de maio, o Sesc 24 de Maio apresenta Choraço, com uma série de artistas que se dedicam ao chorinho. Nesta semana, destaque para as apresentações de Hercules Gomes, Thiago Delgado, Água de Moringa e Nailor Porveta e Grupo de Choro.
No sábado e no domingo tem show de Jaloo no Sesc Bom Retiro e de Johnny Hooker no Sesc Pinheiros, que hoje recebe a Orquestra Brasileira de Música Jamaicana. Na Casa Natura Musical rola Mart’nália hoje e amanhã, Mc Sofia no domingo e Ana Frango Elétrico na quinta. Na Casa de Francisca, hoje é dia de Toninho Ferragutti e Quinteto de Cordas e amanhã, de Iara Rennó. E o Studio Sp recebe o Vanguart hoje e Jorge du Peixe amanhã.
Na segunda, o Centro da Terra apresenta Leonard Cohen: Dito e Relido, com participação de Bárbara Eugênia, Jeanne Callegari, Jose Bárrickelo, Juliana R. e Michaela Schmaedel.
No sábado e no domingo acontece o Canvas, festival de arte e tecnologia no Galpão Cru, com Fernando Velázquez, Erica Alves com Livia Massei, Fausto Fawcett com Jarbas Agnelli, Saskia com VJ Le Pantoja, Spectto e Craca Beat e Chineladaaa.
E o festival Eisenbahn Craftgarten traz de graça Baco Exu do Blues no sábado e Liniker no domingo.
AGENDA VIRTUAL
Lia de Itamaracá apresenta o show do disco Ciranda sem Fim hoje com a participação de Alessandra Leão e DJ Dolores. Transmitido pelo Itaú Cultural no YouTube, o evento integra a programação da Ocupação Lia de Itamaracá, em cartaz na sede do instituto em São Paulo.
Ainda nesta sexta, o alemão Alexander Liebreich rege a Osesp, coro e solistas convidados em concerto com a Missa da Coroação, de Mozart, e a 2ª Sinfonia de Brahms.
O SescTV exibe no sábado o primeiro dos quatro episódios de Amazônia, Arqueologia da Floresta, série de Tatiana Toffoli que acompanha pesquisas realizadas no sítio arqueológico Monte Castelo, em Rondônia.
Escrito e dirigido por Gabriela Mellão, a peça-filme Começo do Fim estreia no Teatro Sérgio Cardoso Digital no domingo com uma reflexão sobre o mundo dos sonhos e da subjetividade feminina.
No mesmo dia, o Itaú Cultural começa a temporada virtual de dois espetáculos: Marília Gabriela Não Vai Mais Morrer Sozinha, do coletivo amazonense UTC-4, e Em Busca de Judith, de Jéssica Barbosa e Pedro Sá Moraes.
Obras de Berg, Ravel e Saint-Saëns, entre outros, estão no programa que a Orquestra Jovem do Estado toca no domingo sob a regência de Cláudio Cruz.
Na segunda, o Roda Viva da TV Cultura recebe a psicóloga e escritora Cida Bento, referência no combate ao racismo e autora do livro O Pacto da Branquitude.
Em cartaz no Theatro São Pedro, em São Paulo, a ópera Os Capuletos e os Montéquios também pode ser vista online. Dirigida por Antonio Araújo, a montagem promove o encontro do bel canto de Vincenzo Bellini com o Brasil das milícias.
A fotógrafa carioca Fernanda Liberti e a artista interdisciplinar Igi Lola Ayedun participam do debate de lançamento da nova edição da revista Zum na quarta.
Ainda dá tempo de acompanhar as sessões do festival de curtas-metragens FIC RIO, que neste ano exibe cerca de 100 títulos pelo YouTube, além de homenagear a atriz Léa Garcia.
Lançado para marcar o Dia do Choro, comemorado em 23 de abril, o projeto Choro Timeline disponibiliza uma compreensiva linha do tempo do gênero, de 1830 aos dias de hoje. Mais de 600 imagens, de documentos a capas de disco e fotografias, ilustram a plataforma criada pelo Instituto Casa do Choro.
Para celebrar os 20 anos da festa TEMP, foi criado o site Memória Quebrada, que traz fotos e textos sobre essa fenda do tempo regada a música eletrônica extrema.
LIVROS
Sobrevidas, Abdulrazak Gurnah (Companhia das Letras)
Nobel de Literatura em 2021, o autor tanzaniano ganha sua primeira edição no Brasil com um romance sobre o colonialismo e a guerra, que pairam como sombra nas vidas, nos amores e no cotidiano dos personagens.
Pássaros na Boca e Sete Casas Vazias, Samanta Schweblin (Fósforo)
Coletânea de contos em que a escritora, seguindo a trilha da tradição da literatura fantástica que floresceu na Argentina, explora personagens no mínimo incomuns, em situações que vão do sobrenatural ao grotesco.
O Desejo dos Outros, Hanna Limulja (Ubu)
Com o subtítulo Uma Etnografia dos Sonhos Yanomami, o livro da antropóloga se detém no papel do onírico entre os yanomamis, que se veem desbravando mundos, mobilizados pelos "desejos dos outros”.
Sete Anos de Escuridão, You-jeong Jeong (Todavia)
Sowon perambula pela Coreia do Sul fugindo do estigma do pai, julgado culpado de assassinar uma menina e de abrir as comportas da represa onde trabalhava. Até que surge uma pista para iluminar os fatos do passado.
DISCOS
Canicule Sauvage, Otto (Urban Jungle)
Se tem um casamento que sempre deu certo é o de Otto com Apollo Nove, desde a estreia solo do cantor e compositor nos anos 90. Nesse novo disco, de certa forma ouvimos ecos do Samba Pra Burro, principalmente pela volta do francês e pela combinação da produção eletrônica com baterias e, principalmente, percussões.
Gri Gri Bá, Höhöyá (YB Music)
Juntando sax, trompete, trombone, guitarra, baixo e teclas com berimbau, dunun, ngoni, djembe, sabar, ilu, o grupo continua sua exploração anticolonial neste novo álbum, fazendo a ponte entre Brasil e sons de diferentes partes da África a partir das composições de André Piruka.
Out of Our Hands, Alvin Lucier & Jordan Dykstra (Editions Verde)
Morto em dezembro passado, Alvin Lucier foi um mestre na criação de novas percepções acústicas. Neste disco, lançado agora com Dykstra, que estudou com Lucier e toca viola no grupo Ordinary Affects, há uma composição de cada um. A de Lucier contrapõe cordas e percussão, enquanto Dykstra nos envolve em microtons.
for you who are the wronged, Kathryn Joseph (Rock Action Records)
Sonicamente, umas das coisas mais interessantes desse novo trabalho da compositora escocesa é a maneira como ela consegue criar espaços a partir da sobreposição de camadas de sintetizadores. Espaço que é ocupado por letras que lidam de forma abstrata com temas pessoais como relacionamentos abusivos.
FILMES
Paris, 13º Distrito, Jacques Audiard (Cinemas)
Duas mulheres e um homem – jovens adultos tentando a sorte numa capital francesa filmada em preto e branco – exploram sua sexualidade enquanto lidam com frustrações profissionais. Céline Sciamma colabora com o roteiro.
Deserto Particular, Aly Muritiba (HBO Max)
Agora disponível em streaming, o longa brasileiro premiado em Veneza acompanha um policial que, afastado do trabalho em Curitiba, cruza o país em busca da mulher misteriosa com quem se corresponde pelo celular.
SÉRIES
Amazônia, Arqueologia da Floresta, Tatiana Toffoli (SESC TV)
Dividida em quatro episódios, a série acompanha as escavações realizadas no sítio arqueológico Monte Castelo, em Rondônia, conduzida pelo arqueólogo Eduardo Góes Neves junto com os moradores da aldeia Palhal, da etnia Tupari, e mostra como a Amazônia foi transformada pelos povos indígenas ao longo de 6 mil anos.
O Símbolo Perdido, Dan Dworkin & Jay Beattie (Globoplay)
Baseada no livro de mesmo nome escrito por Dan Brown, a série acompanha as aventuras de um famoso simbologista de Harvard, que precisa desvendar um conjunto de enigmas mortais para salvar seu mentor e prevenir uma conspiração global.